Quando se fala em trilha sonora indie, a de 500 Days of Summer é quase uma referência. Não só pela produção e elenco, que conta com a queridinha Zooey Deschanel, mas pelo roteiro único, humor irônico e a música, claro. Colocando a temática do amor em uma perspectiva diferente e inusitada, o filme retrata a história de Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt), um jovem que acredita no poder do destino para unir duas pessoas por este sentimento. Então, ele conhece Summer Finn (Zooey Deschanel), uma moça independente cujos ideais não procuram ou acreditam no amor e na dinâmica dos relacionamentos. A partir de então, ele viverá 500 dias ao lado dela, passando por momentos bons e ruins até que a relação confusa e indefinida chega a seu fim. O filme é uma divertida retrospectiva de Tom por estes dias, buscando entender o que houve de errado. O tempo todo, a música possui um papel vivo e fundamental, complementando as cenas e o próprio enredo da obra.
A primeira conversa entre Tom e Summer é sobre The Smiths, enquanto ele está ouvindo "There is a Light That Never Goes Out" em headphones, no elevador. Fãs da mesma banda, eles ainda compartilham um momento em um bar-karaokê, no qual o protagonista canta Pixies. Suas conversas tratam sobre Bruce Springsteen e o beatle preferido de Summer, Ringo Starr. Enquanto isso, a trilha sonora fica por conta de nomes como Regina Spektor (presente na abertura e em um ponto consideravelmente triste da história), Simon & Garfunkel, Black Lips, Carla Bruni, Feist, Doves e Wolfmother, esta úlima com "Vagabond", marcando uma virada na vida de Tom.
"Sweet Disposition", agora um hit do The Temper Trap, valoriza a cena do passeio de Tom e Summer pela cidade, destacando a arquitetura e beleza de Los Angeles. A adorável "She's Got You High", da pouco comentada Mumm-Ra, fecha o longa afirmando a impressão adorável que ele passa desde o começo, prometendo ser um filme e uma trilha que você vai querer ver e ouvir mais de uma vez.